segunda-feira, 29 de abril de 2013

imaginarium

"Uma das características da não-arte é sufocar a liberdade de nos descobrirmos sozinhos. A mediocridade do ser humano médio explica-se por doses de cobardia e muita, muita preguiça. Tem horror de se descobrir sozinho e preguiça de tentar aproximar-se de si e dos outros.  A preguiça é muito patente no facto de nenhum artista beneficiar mais da percepção do "isto deu trabalho" do que o escritor. Pode escrever 300 páginas de lixo que pelo menos as pessoas dizem "fónix, nunca seria capaz de escrever 300 páginas". O pintor de pintura 'abstracta', o fotógrafo ou o DJ, sofrem do problema contrário: "isso também eu fazia, uma mancha branca com pintas vermelhas" ou "com as máquinas digitais, qualquer pessoa faz isto" ou "isto é só colar música e mexer no computador com o rato". Paciência."


Deviamos todos voltar a ser crianças. Imaginar dragões e principes, leões que falam e bananas que dançam, vampiros e lagartas gigantes com olhos longos como braços debaixo da cama e labirintos com borboletas no centro para nos salvar.



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