"Uma das características da não-arte é sufocar a liberdade de nos
descobrirmos sozinhos. A mediocridade do ser humano médio
explica-se por doses de cobardia e muita, muita preguiça. Tem horror de
se descobrir sozinho e preguiça de tentar aproximar-se de si e dos
outros. A preguiça é muito patente no facto de nenhum artista
beneficiar mais da percepção do "isto deu trabalho" do que
o escritor. Pode escrever 300 páginas de lixo que pelo menos as pessoas
dizem "fónix, nunca seria capaz de escrever 300 páginas". O pintor de
pintura 'abstracta', o fotógrafo ou o DJ, sofrem do problema contrário:
"isso também eu fazia, uma mancha branca com pintas vermelhas" ou "com
as máquinas digitais, qualquer pessoa faz
isto" ou "isto é só colar música e mexer no computador com o rato".
Paciência."
Deviamos todos voltar a ser crianças. Imaginar dragões e principes, leões que falam e bananas que dançam, vampiros e lagartas gigantes com olhos longos como braços debaixo da cama e labirintos com borboletas no centro para nos salvar.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
pensamentos de última hora.
Ultima risada com sabor nacional de 2012.
"Os parisienses têm o Sena, um rio domesticado e ornamentado de pontes todas cheias de dourados e depois eles ficam todos arrogantes e napoleónicos, mas há bons pintores apesar de tudo. Madrid nem rio tem* e isso nota-se muito bem, é por isso que muitos madrilenos são franquistas realistas e nacionalistas e falam aos gritos mesmo que tenham as caras a 20cm uns dos outros. Não estão habituados à delicadeza do marulhar das ondinhas de um rio nas margens e por isso nunca escutam e ensurdecem-se uns aos outros.
*Entretanto, lembraram-me nos comments que Madrid tem o Manzanares. Eu referia-me a rios a sério, tipo Tejo e Tennesse, coisas desse tipo e não a riachos ou ribeirinhas em jeito de canal de esgotos a céu aberto."
Entretanto esquecem-se as tristezas, as dores e as mediocridades de 2012, ajudado fortemente pelas bolhinhas do champanhe e o trauma de ter que enfiar 12 passas suculentas pela goela abaixo.
Leveza de ser. Sustentável. É o que se precisa para 2013. E amor. E abacates bons do Chile, baratos sff. Obrigada. Ah, vinho bom. Obrigada.
"Os parisienses têm o Sena, um rio domesticado e ornamentado de pontes todas cheias de dourados e depois eles ficam todos arrogantes e napoleónicos, mas há bons pintores apesar de tudo. Madrid nem rio tem* e isso nota-se muito bem, é por isso que muitos madrilenos são franquistas realistas e nacionalistas e falam aos gritos mesmo que tenham as caras a 20cm uns dos outros. Não estão habituados à delicadeza do marulhar das ondinhas de um rio nas margens e por isso nunca escutam e ensurdecem-se uns aos outros.
*Entretanto, lembraram-me nos comments que Madrid tem o Manzanares. Eu referia-me a rios a sério, tipo Tejo e Tennesse, coisas desse tipo e não a riachos ou ribeirinhas em jeito de canal de esgotos a céu aberto."
Entretanto esquecem-se as tristezas, as dores e as mediocridades de 2012, ajudado fortemente pelas bolhinhas do champanhe e o trauma de ter que enfiar 12 passas suculentas pela goela abaixo.
Leveza de ser. Sustentável. É o que se precisa para 2013. E amor. E abacates bons do Chile, baratos sff. Obrigada. Ah, vinho bom. Obrigada.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
All things new
A maravilha da neve é tornar tudo novo. Tudo branco e imaculado. A estrear. Deixa que se imaginem as formas das coisas cobertas, os cantos angulosos tornados suaves e redondos por debaixo do peso da neve.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Shit happens
E eu agora pertenço ao clã. Mas ainda nao acho o steve jobs um sucedâneo de budha e também ainda nao foi desta que desisti de adoptar telefones velhinhos e artríticos, como eu :)
terça-feira, 27 de novembro de 2012
coisas
"A PSP já sabe quem é o condutor da carrinha que, há três semanas, arrastou um cão acorrentado ao para-choques, em Vila Real, e o abandonou no parque do Lidl. (...)
"À luz da nossa Lei, um animal é uma coisa e, como tal, o máximo que pode acontecer ao condutor é uma coima", explicou o comissário, esclarecendo que "deverá rondar os 500 euros". Segundo a legislação, a multa pode ir até aos 3640 euros "mas, por norma, o Estado aplica o valor mínimo", elucidou."
The greatness of a nation and its moral progress can be judged by the way in which its animals are treated.
E mais não é preciso dizer, que o Gandhi disse tudo.
(O artigo do JN sobre o senhor e a coisa pode ser lido na integra, aqui)
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
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